Contracto entre Neymar e Nike terminou por suposto assédio sexual

O contracto multimilionário foi rompido em Setembro de 2020 depois que a empresa começou a investigar uma acusação feita pela funcionária da Nike.

Contracto entre Neymar e Nike terminou por suposto assédio sexual
Neymar | Fonte: Instagram

Neymar Jr. de 29 anos de idade, está em meio a uma nova polêmica. De acordo com reportagem do norte-americano Wall Street Journal, o craque brasileiro do Paris Saint-Germain teve seu contracto rompido com a Nike por um suposto caso de assédio sexual contra uma funcionária da empresa.

O contracto multimilionário, segundo a reportagem, foi rompido em Setembro de 2020 depois que a empresa começou a investigar uma acusação feita pela funcionária, que teve seu nome mantido em sigilo. A Nike não explicou o motivo do fim do contracto com Neymar, com quem estava há oito anos.

A funcionária disse a amigos e colegas da Nike em 2016 que Neymar tentou forçá-la a fazer sexo oral no quarto de hotel em que estava hospedado na cidade de Nova York. Ela estava lá para ajudar a coordenar eventos e logística para Neymar e sua comitiva, de acordo com testemunhas, incluindo antigos e actuais funcionários da Nike, além de documentos obtidos pelo Wall Street Journal.

Neymar nega a acusação, segundo sua assessoria disse ao jornal. "Neymar Jr. se defenderá contra esses ataques infundados caso alguma denúncia seja apresentada, o que não aconteceu até agora", disse a equipe do jogador em nota, que ainda alega que Nike e Neymar se separaram por motivos comerciais.

A funcionária da Nike apresentou uma reclamação à Nike em 2018 e descreveu o incidente ao chefe de recursos humanos e conselho geral da empresa. O caso teria ocorrido durante uma viagem de Neymar a Nova York no final de Maio e início de Junho de 2016. Na ocasião, ele visitou o Citi Field e se encontrou com o jogador basquete Michael Jordan na tentativa de emplacar uma colaboração entre a marca Jordan da Nike e o astro dos gramados.

A mulher, uma funcionária de longa data da Nike e que ainda faz parte da empresa, afirma que o grupo comemorou naquela noite na boate Up & Down e, depois da meia-noite, na madrugada de 2 de Junho, funcionários do hotel pediram à mulher e a outro funcionário da Nike que ajudassem Neymar, que parecia estar embriagado, a entrar em seu quarto no hotel.

Ela disse a essas pessoas que, quando foi deixada por um curto período de tempo sozinha no quarto com Neymar, ele teria tirado a cueca e a teria tentado forçá-la a fazer sexo oral. Ela disse ainda que Neymar teria tentado impedi-la de sair do quarto e a perseguido pelo corredor do hotel enquanto ainda estava nu.

A funcionária compartilhou o incidente com vários amigos, parentes e funcionários da Nike naquela noite e nos dias e semanas seguintes, disseram as pessoas. A funcionária fez uma reclamação formal em 2018, quando outras mulheres da Nike se apresentaram para compartilhar experiências de assédio e discriminação, como parte de uma pesquisa sobre o tratamento dispensado às mulheres na empresa, segundo testemunhas e documentos obtidos pelo Wall Street Journal.

Logo após a veiculação da reportagem, o pai de Neymar deu uma entrevista à Globo News e também negou com veemência que o filho tenha cometido assédio.

"Nós estamos surpresos, a gente não sabe o que está acontecendo, só soa estanho para a gente. Por que a Nike solta essas coisas agora?", disse o pai de Neymar.

O pai do jogador brasileiro negou que o contrato com a Nike tenha sido encerrado após a denúncia de assédio.

– Claro que não, claro que não, ela queria fazer uma investigação que a gente não sabia (da alegação de assédio sexual)... O contrato da Nike foi rompido unilateralmente por falta de pagamento. Não tem nada a ver com isso (assédio) – declarou o pai de Neymar.

Naquele momento, Neymar foi retirado das ações de marketing da empresa, segundo documentos obtidos pelo “Wall Street Journal". O jornal diz que representantes do atleta foram ouvidos na investigação, mas o próprio atleta se recusou a ser entrevistado.

A porta-voz de Neymar ouvida pelo jornal citou o outro caso que aconteceu em Brasil em 2019, quando o atacante também foi acusado de assédio sexual.

Semelhante às alegações de agressão sexual feitas contra ele em 2019 – alegações de que as autoridades brasileiras consideraram Neymar Jr. Inocente essas alegações são falsas – diz a representante do jogador.